Crônicas

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A TAPERA 1

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Sicinho: O neto do saci 3

Canto natalino de um Órfão 4

Romance 5

 

 

Crônica destak

A TAPERA

tapera

Certa vez, eu e minha esposa, vivendo no interior de Mato Grosso, em uma simples casinha, onde éramos felizes esperávamos a chegada de nosso primeiro filho, Rhian Victor, Gabriela estava grávida de seis meses.

Aconteceu comigo, quando caminhava pela floresta, próximo de minha casa, de repente ouvi uma voz me chamando, mas eu olhava para todos os lados, mas não tinha sinal de pessoas naquele local, apenas uma cachoeira que de longe se ouvia a melodia da água que caia de mais de 40 metros de altura, os pássaros que gorjeavam, e as folhas que balançavam com o vento, próximo dali avistei uma velha casebre que estava a cair com o tempo, uma tapera, que muitos dizia ser assombrada, não tive coragem de me aproximar, resolvi não dar atenção para o chamado, voltei para minha casa e contei para Gabriela o ocorrido, ela me disse para esquecer aquilo, anoiteceu e fomos dormir. De repente senti que algo puxava meus pés, e senti que eu não estava em minha cama tão pouco em minha casa, vi varias pessoas vestidas de branco com velas nas mãos, velas de variadas cores, senti algo sussurrar em meus ouvidos:
   _pegue essa vela e segue aqueles que estão com velas roxas, eles te levarão para um lugar onde farão um sacrifício aos mortos.
     Aquilo meu corpo tremia, pois por mais que eu tentasse não conseguia ver quem falava, resolvi fazer o dito. Peguei uma vela roxa que estava próxima de mim e sai em direção das pessoas indicada, senti um frio subir nas minhas pernas, saiam fumaças de gelo do chão, caminhamos até o terreiro, quando alguém me segurou pelo braço direito e me puxando para a escuridão, tentei escapar, mas não consegui, pois vieram mais cinco pessoas vestidas de branco.

_Não faz barulho, aquelas pessoas querem te sacrificar para os mortos.

_Somos sua salvação não queremos que você morra antes de nos ajudar. Você tem que ir embora amanha de dia você volta aqui, para descobrir o que aconteceu.
     Saí meio escondido mas um dos de branco me viu e gritou, me escondi logo e esperei que eles se acalmassem, quando o alvoroço acabou eles estavam mais calmos resolvi ir embora quando tropecei em uma corda presa no chão formando um laço, parei e puxei com muita força, a corda arrebentou, cavei ao redor e pude perceber que se tratava de um baú de 1,20x2,00x0,75metros de tamanho retirei aquele baú co buraco, ele estava com um cadeado velho muito enferrujado peguei uma pedra que estava ali perto e bati com força no cadeado, abrindo a caixa vi meus olhos brilharem com as pedras de brilhante, ouros e pratas, não tive muito tempo pois com o barulho que fiz eles ouvira e estavam chegando, peguei uma tigela de 1 ouro e algumas pedras de diamantes que pesavam mais ou menos umas 300g cada, coloquei no bolso e escondi o restante, sai correndo com a vela na mão cheguei na minha casa muito cansado e bati na porta, começava a chover muito forte, Gabriela abriu a porta então eu cai na Gabriela me enxugou e me levou para cama, no outro dia cedo fui procurar os diamantes no bolso de minha roupa e encontrei cinco olhos humanos ressecados, sobre a mesa um crânio humano pela metade, aos pés da cama um pé humano esquerdo e onde parecia ser uma vela que eu trazia era uma costela humana, fiquei arrepiante quando vi aquilo, mas o susto passou, pois fui à tapera onde encontrei um lençol, sobre um fogão de lenha velho, caminhei para onde tinha escondido o baú , quando abri a caixa, ali estava o esqueleto de três pessoas que tinha sido enterrado vivo naquele baú a mais de 20 anos, eram os moradores daquela casinha velha. A polícia local descobriu que um dos filhos do casal tinha ido estudar na cidade grande, e voltou para pegar mais dinheiro para as drogas que consumia.

Seus pais não podia mais dar-lhe dinheiro, revoltado ele trancou os dois velhinhos e o irmão de dezessete anos, na caixa enterrou e vendeu a propriedade para gastar com drogas e entorpecentes na cidade grande, ele foi localizado e preso no dia seguinte. Mudamos daquela casa, eu, Gabriela e Rhian Victor, fomos para a cidade grande, pois Gabriela precisava de mais cuidados médicos. Aquele local nunca mais ficou assombrado.

Essa história é baseada em fatos reais, que aconteceu comigo

Autor: Evandro Tiso